domingo, 26 de maio de 2013

E aqui, estendido num tapete feito por mim, mergulho-me em ti. Tu que estás tão longe, tu que mal me conheces. Conheço-te tão bem mas não há maneira de me conheceres. Penso em ti muitas vezes, mas nunca sonho; não, os meus sonhos são sempre estranhos, até para mim.
Este tapete é feito de fios que arranquei da cabeça. Ou cabelos. Eles estiveram em contacto contigo, uma vez que estão na cabeça, e a cabeça está ligado ao cérebro (ou será o cérebro que está ligado à cabeça?). É a minha única lembrança de ti; tu, que que estás tão longe e distante.
Deito-me e lembro-me de ti.
Espero conhecer-te em breve.
Ainda não me conheces. Mas talvez um dia, Felicidade.

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