quinta-feira, 23 de maio de 2013

Os restos que ainda tens de mim
Consegues apagá-los num pestanejar

Já estou apagado em ti
Sou apenas uma memória desfocada
Cheia de vozes longínquas e toques sem textura
As coisas que gostavas em mim
As coisas que eu dizia
Apagaste-as a todas

Estar sem ti revelou-se tão doloroso
Tento apagar-te mas sem efeito
És daquelas tintas que não saem por nada
Estarão as minhas veias e artérias tatuadas
Com tudo o que me resta de ti?
Pois sim, o sangue já não sai vermelho
Tão pouco esguicha, solta-se livremente
Como um riacho numa qualquer montanha
É preto e é vermelho, é azul e rosa
O meu sangue tornou-se no espelho
De todas as tuas cores

Não consigo apagar-te

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