terça-feira, 28 de maio de 2013

Bem, cheguei ao fundo. As algas pareciam mais bonitas quando as via à superfície.
Amarram-me a uma bigorna e não consigo chegar a lado nenhum, muito menos subir. Tudo é escuro aqui em baixo, tudo é negro e quase não há vida. Lágrimas soltam-se mas já não as distingo; não sei se são água ou saudades do ar puro. Saudades do antigamente, quando eu nem sabia que existiam âncoras ou bigornas.
Acho que já não me conheço. Preciso de sair de mim mesmo; não me suporto mais.

domingo, 26 de maio de 2013

E aqui, estendido num tapete feito por mim, mergulho-me em ti. Tu que estás tão longe, tu que mal me conheces. Conheço-te tão bem mas não há maneira de me conheceres. Penso em ti muitas vezes, mas nunca sonho; não, os meus sonhos são sempre estranhos, até para mim.
Este tapete é feito de fios que arranquei da cabeça. Ou cabelos. Eles estiveram em contacto contigo, uma vez que estão na cabeça, e a cabeça está ligado ao cérebro (ou será o cérebro que está ligado à cabeça?). É a minha única lembrança de ti; tu, que que estás tão longe e distante.
Deito-me e lembro-me de ti.
Espero conhecer-te em breve.
Ainda não me conheces. Mas talvez um dia, Felicidade.
As pessoas esperam.
As pessoas esperam a semana toda por sexta-feira.
As pessoas esperam o ano todo pelo verão.
As pessoas esperam a vida toda por algo que demora a chegar.
As pessoas esperam tanto que estão de olhos fechados quando a espera lhes acaba.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Queimarás os meus poemas num dia de sol?
Ou irás rasgá-los num dia chuvoso?
Consegues despejar as memórias num baú que nunca é aberto
Irão as rimas e as músicas também para lá?
Diz-me o que farás com as palavras que te dediquei
E eu dir-te-ei o que fizeste ao coração que te dei
Como é que eu sou o mau da fita no meio disto tudo? Como? Devemos viver em universos diferentes para termos visões tão diferentes, só pode.
O meu maior erro foi (e é) estar constantemente a pedir desculpa, quando é notório que para ti é igual. É estar constantemente armado em atrasado e a fazer merdas tipo poemas, quando nunca te fiz nada. Nunca perdi o interesse em ti, nunca te disse que me eras indiferente, nunca te convidei para o meu jantar de anos e abracei-te, dei-te a mão, só para teres esperanças e depois eu as destruir na tua cara. Não sou eu que te odeio, és tu que me odeias, que tens raiva acumulada contra mim, e eu nem sei porquê. Mas não, eu continuo cegamente a gostar de ti, porque sou estúpido a esse ponto.
E eu é que fiz com que te sentisses inútil e indesejada?! Gostava de ouvir a explicação para isso, um dia. Talvez noutro universo.
Quem me dera ter forças para me seres "indiferente", como te sou a ti.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Já me esqueceste e mesmo assim apagas-me. Não te esqueci e não consigo apagar-te. Para quê?
Eu fiz com que te sentisses inútil e não desejada?...
Porquê?
Os restos que ainda tens de mim
Consegues apagá-los num pestanejar

Já estou apagado em ti
Sou apenas uma memória desfocada
Cheia de vozes longínquas e toques sem textura
As coisas que gostavas em mim
As coisas que eu dizia
Apagaste-as a todas

Estar sem ti revelou-se tão doloroso
Tento apagar-te mas sem efeito
És daquelas tintas que não saem por nada
Estarão as minhas veias e artérias tatuadas
Com tudo o que me resta de ti?
Pois sim, o sangue já não sai vermelho
Tão pouco esguicha, solta-se livremente
Como um riacho numa qualquer montanha
É preto e é vermelho, é azul e rosa
O meu sangue tornou-se no espelho
De todas as tuas cores

Não consigo apagar-te
72% de ti é água, o resto é amor.

Gay. Mas muito verdade.
Fui à floresta e colhi uma flor
Levei-a para casa mas morreu de dor
Rapidamente nos meus braços ela murchou
Não a deixei viver e mal respirou
Foi um erro tê-la colhido, estraguei-lhe os laços
Laços que tinha com a sua liberdade
Laços que prometiam à natureza lealdade
Arruinei-a
Tentei reanimá-la mas já era tarde
Estava ergulhada num sono profundo
Então arranquei-lhe as pétalas, uma a uma
Senti-as no meu rosto uma última vez
Deixei-a descansar como ela me pediu
Mas o seu cheiro continua entranhado
Em mim


quarta-feira, 22 de maio de 2013

No futuro vais ver-me sempre como uma parte má da tua vida. E eu não queria isso. Não queria mesmo. O teu namorado vai perguntar-te sobre os teus exs e vais referir-te a mim como o maior erro da tua vida. Desculpa.
Provavelmente já nem me lês. Tudo isto é uma metáfora gigante para a minha existência; escrevo mas ninguém lê, falo mas ninguém ouve.

Alguma vez vou ficar bem?
Saudades, esse veneno desolador...
Amor não correspondido, esse altar da dor...
Sou daquele tipo de pessoa que gosta de estar sozinho
De caminhar na rua com a música no ouvido
De ficar em casa à noite a ler um livro
De ter tempo para os meus pensamentos e os meus mitos

Mas não gosto de estar assim durante muito tempo
Tempo suficiente para que os maus pensamentos se apoderem
Tempo suficiente para me sentir sozinho no mundo
Tempo suficiente para que a tristeza me encha o corpo

Gosto de estar sozinho, não de me sentir sozinho
Mas é assim que me sinto o tempo todo
Quem me dera ser normal
Quem me dera gostar de filmes para adolescentes
Quem me dera gostar das músicas da rádio

A única literatura que iria pôr os olhos em cima
Seria o newsfeed do facebook
A minha experiência cinematográfica predilecta
Seria a de diálogos vazios e explosões sem sentido
A música que preenchesse as minhas veias
Seria a que estivesse na moda

Quem me dera ser ignorante
Quem me dera não ter preocupações exageradas
Quem me dera não ser diferente

A noite que esperaria toda a semana
Seria aquela em que me afogasse me álcool até vomitar
A minha companhia quotidiana
Seria a das dezenas de amigos
A liberdade que sentiria
Seria a contrária a estar numa jaula

Quem me dera não ser calado
Quem me dera não ser distante
"Ela é mais bonita que eu."

Não, não é. Nenhuma rapariga é mais bonita que tu. Mais nenhuma tem o teu brilho dos olhos, o teu nariz lindo, os teus cabelos reluzentes ou a tua boca apaixonante. És aquela rapariga em que os pintores se inspiram quando criam as suas obras de arte.
És única e é isso que te faz tão bonita. És naturalmente bonita, nem precisas de te esforçar. A admiração que sinto ao olhar para a lua, ou para uma estrela longínqua, é a mesma que sinto quando te olho.
As tuas mãos, pequenas e bonitas, são os mais belos poemas do Tempo. Os teus cabelos são um mar sem fim, onde quem te ama se afoga. O teu cheiro entranha-se nas partes mais sensíveis da minha cabeça. És um morango em forma de pessoa.
O teu sorriso é o mais belo poema divino. É impossível contemplá-lo sem sentir um nó no coração. Era um verdadeiro motivo de felicidade quando o olhava. Qualquer um se podia apaixonar por ele, qualquer um morre de amores por ele.
És fogo sem fumo; o teu corpo arde mas não queima.

Lembro-me tão bem das tuas feições. Inconscientemente.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Amanhã não vou pensar em ti. Espero. Devia esquecer-te. Mas uma parte de mim diz-me que só tu mereces o meu amor, mesmo não sendo grande coisa.

...
O.K.
O Eternal Sunshine parece tão real, agora que te foste embora...
Voltei ao rio, após uma longa ausência.
Mudei muito deste a última vez, no entanto, tanto o rio como o pano verde, permaneceram intactos. Que fenómeno estranho, o estado de conservação enquanto se dá uma completa mudança.
As árvores continuavam no mesmo sítio, o vento soprava no mesmo sentido, o rio continuava a fluir com a mesma persistência de sempre, mas eu estava diferente. A relva convidava-me a sentar e a sombra da árvore aconchegou-me. Fiz-lhes a vontade, como sempre fiz. Tentei ler o livro que trazia comigo mas sem efeito. É difícil haver concentração quando a mente está em constante conturbação.

Os demónios reaparecem quando vais embora

Sinfonias dilaceradas em memórias apagadas
Amores perdidos em labirintos infinitos

Quando sais pela porta, eles entram pela janela
Quando entras pelo alçapão, eles saem pela janela
Entras-me em vários lugares, mas eles não
Afogam-me sempre da mesma maneira e dói
Queimam-me quando já estou quente e corrói

Abandonam-me mal oiço a tua voz e mal te sentem
Têm medo de ti, sabem que os matas
Consegues aterrorizá-los e não ousam aparecer a teu lado

Mas depois
Os demónios reaparecem quando vais embora

Sinfonias dilaceradas em memórias apagadas
Amores perdidos em labirintos infinitos


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Não te odeio. Mesmo que quisesse não o conseguia. És demasiado... tu. É impossível odiar-te.
Não queria que me odiasses mas acho que já é tarde, graças a mim. Gostava que pudesses olhar para mim e visses uma parte boa da tua vida, não uma má, como vês agora. Que tivesses orgulho em teres-me conhecido. E nem estou a falar de forma romântica, mas sim como amigos.
Vai ser mais uma noite sem dormir. Merda.

Desculpa. Eu deixo-te em paz.
Porque é que tenho tanto jeito para estragar tudo com as pessoas que mais gosto? A história está a repetir-se. Foi assim há dois anos e está a ser igual. Desculpem.
Eu amo-te mais que tudo. Amo-te demasiado. Às vezes estou a tentar ler um livro e não consigo, começo a pensar em ti e desconcentro-me. És a minha parte preferida da vida. Eu nunca te quis magoar, e peço-te desculpa, já o fiz muitas vezes. Não mereço ter conhecido alguém como tu e, ainda por cima, magoo-te. És mais do que alguma vez podia pedir e uma parte de mim morre sempre que te faço mal, mesmo que sem querer. Já não tenho muitas mais partes para morrer.
Percebo que estejas arrependida por me teres conhecido, por teres sido minha namorada, por teres gostado de mim. Desculpa, por tudo isso. Desculpa ter-te arruinado a vida quando merecias tudo menos isso. O mínimo que posso fazer é desaparecer. Desculpa as dezenas de poemas. Desculpa todas as músicas que escrevi para ti. Desculpa estar sempre a pedir desculpa. E desculpa não te ter feito tão feliz como pude.
Acho que vou gostar de ti para sempre.
Agora é que estraguei tudo de vez. Como é possível ser tão atrasado mental, não sei, transcende-me. A quantidade de merda que tu sofres por minha causa é inimaginável. E o pior é que eu nem o fiz nem faço propositadamente, eu não te queria nem quero magoar, nunca. Desculpa. Agora devo ser oficialmente a pior coisa que já te aconteceu. Não era isto que eu queria, nunca me passou pela cabeça magoar-te, logo tu, que és o que tenho de bom neste planeta. Merda.
Pões-me mais feliz que tudo no mundo
E mais triste que lágrimas à chuva
Mais ninguém tem esse poder sobre mim
E esta sensação não muda

As tuas palavras ardem-me

Não me elogies
Não me digas que sou bonito
Não me digas que gostas de mim
Pois eu vou absorver as tuas palavras
Vou sentir o seu sabor na ponta da minha língua
Vou inalar a sua entoação e engolir a canção
Vou sugá-las para as minhas artérias
Viverão no meu sangue e correrão pelo meu corpo
Ficarão lá até começarem a queimar-me por dentro
Outrora pegajosas e saborosas, as tuas palavras,
Doem-me na alma e fazem comichão no meu ser
Nunca me elogies
Nunca uses as tuas palavras e a tua melodia em mim
Pois são mentiras perfeitas que eu absorvo
E fico feliz momentaneamente


acho que estou a ficar mal outra vez

domingo, 19 de maio de 2013

Escolas


O objectivo de ter um blog é falar de cenas. Só tenho feito poemas, por isso se calhar já abrandava com essa mariquice.

Visto que escolas são uma parte fulcral da sociedade em que estou inserido, achei por bem escrever uns pareceres sobre elas.
Vou citar a wikipedia: "A escola é uma instituição concebida para o ensino de alunos sob a direção de professores."
Uma ideia nobre. É pena que na prática não seja tão efectiva como o planeado.
Na prática, as coisas funcionam da seguinte maneira:
Os alunos ficam sentados durante uma hora e meia. Ouvem um professor e tomam notas. Ao professor pouco lhe importa se está a ensinar bem ou mal, se está a ser entusiasmante com a maneira que está a comandar a lição ou não ou se consegue captar a mente dos alunos. Claro que nem todos os professores são assim, mas a maior parte resume-se a isto. Alguns nem se levantam e ficam sentados na sua secretária. Ora bem, quem é que aprende num ambiente destes? Onde não há alegria por ensinar? Onde os professores usam o medo como o principal método de ensino?
Sim, o medo. Medo de chumbar ou medo de ter más notas, medo de ser visto como "burro" ou ser humilhado perante a turma. Ninguém se sente bem num ambiente destes. O que estes professores não percebem é que o interesse produz aprendizagem, não o medo. Se o objectivo é formar pessoas - e não máquinas - então têm de as interessar primeiro.
Este medo corrói as pessoas ao ponto de ficarem depressivas, de chorarem e terem vontade de desistir. Como é que uma ideia tão nobre pode chegar a isto? Não está a ter o resultado exactamente oposto ao pretendido? A pressão constante que paira nos alunos é incrível. Ninguém consegue ter a mente saudável e ter bons resultados, num clima destes. Mas a escola pouca se importa, nem quer saber se temos problemas em casa, se nos sentimos bem ou não, se sofremos bullying ou não; o importante, para a escola, é que estejamos dentro da sala a ouvir e a tirar notas.
Ninguém gosta de ser obrigado a nada; no entanto, as escolas fazem-no constantemente. Se eu partir a perna ou o braço, não faço educação física. Mas se eu tiver ansiedade social sou obrigado a fazer apresentações orais e falar para duas dezenas de pessoas. Ninguém percebe como é a sensação de claustrofobia que se apodera de nós quando somos obrigados a isso.
A escola mata a criatividade. Todas as crianças, quando nascem, nascem artistas, nascem cientistas. Querem descobrir coisas e têm motivação para isso. Se não, de onde vem a famosa Idade dos Porquês? O problema da sociedade é mesmo esse, acharmos que os Porquês têm uma Idade. Não, os Porquês deviam ser toda a vida, devíamos questionar tudo e todos, devíamos fazer perguntas, devíamos descobrir mais e mais e nunca ficar satisfeitos. Mas não, as pessoas pegam numa fase em que as crianças ainda estão alegres por descobrir, distorcem-na e corroem-lhes a mente e a maneira de pensar.
Porque é que, no 3º ciclo, a única disciplina artística é a de EVT (ou EV? Já nem me lembro)? E porque é que, no mesmo ciclo, existem três disciplinas científicas (matemática, ciências naturais e física e química)? Porque é que os artistas têm de "levar" com as ciências, mas os cientistas não "levam" com as artes? É uma total descriminação que começa logo nas escolas e percorre toda a geração futura: a aversão às artes. Há que criar um sistema que fertilize a criatividade, não que a destrua.
Nem toda a gente aprende da mesma maneira. Nem toda a gente tem a mesma maneira de pensar. O que a escola faz é algo deste género: reúne uma girafa, um elefante, um peixe, uma  toupeira e um caracol, e diz-lhes que, para uma avaliação justa, terão de arrancar uma folha duma árvore. É claro que nem todos os animais que enumerei o conseguem. A girafa e o elefante sim, o peixe não, a toupeira talvez, o caracol nunca na vida. E é isto que a escola faz; submete os alunos ao mesmo tipo e ritmo de matéria, quando cada pessoa é individual e tem um método de raciocínio diferente.
Os alunos ficam fechados numa sala o dia todo. Afinal estão numa escola ou numa prisão? Ninguém aprende assim; só decoram.
E é irónico como todas as escolas defendem o anti-bullying e nem sabem o que se passa dentro das turmas.
E quando a escola acaba pedem-te para escolheres um curso, baseando-te nos anos que passaste na escola. Anos esses que odiaste.
O sistema está completamente corrupto.
Há muito mais para dizer mas estou farto de escrever.

Outra coisa que me lembrei enquanto escrevia este aglomerado de coisas: as pessoas queixam-se imenso dos políticos. Provavelmente com razão. Mas se o ensino está tão deformado, não é normal que as pessoas também saiam nesse estado? E entre essas pessoas estão os políticos. Se criamos gente estúpida na escola só é normal que isso se propague durante o resto da vida.
Estava esquecido de como é bom tocar piano
Sentir as teclas por baixo dos dedos
E as notas musicais por cima da alma

Deixo-me embalar na sinfonia relaxante
Por um momento esqueço tudo e todos
Do bem e do mal, dos pesadelos e dos sonhos
Por um momento estou completo

A musicalidade sobrepõe-se ao espírito
O ritmo corre esquecido e em delírio
Fenómeno paradoxalmente discreto
Que percorre as doze notas mas não a recto

Os acordes lembram-me águas azuis como o céu
Cores tão vivas como o fogo e cheirosas como árvores
Transportam-me para outro longínquo lugar
Onde tudo é questionado excepto o ar

Deixa-me viver dentro do piano
Como é bom escutar e fechar os olhos
Uma música diferente durante todo o ano

É o meu primeiro poema, em muito tempo, que não é inspirado em ti. O que achas?
Faz hoje um mês
a tempestade começa a abrandar
cada um vai no seu barco, pelo mar
achas que nos vamos encontrar outra vez?

Um dia quero poder agradecer-te e abraçar-te
a mim e ao meu coração nos transformaste
desapareceste como apareceste, tão repentina
nem tivemos um momento para a despedida




sábado, 18 de maio de 2013

Não hesitava se me dessem a oportunidade de trocar de lugar contigo. Não gosto nada de te ver assim...
Vou ver um dos meus filmes preferidos, 12 Angry Men, enquanto como noodles e brinco com a Zelda. Finalmente sinto-me bem
Tenho de escolher, dentro destes três, um curso:
- Cinema
- Audiovisual e Multimédia
- Estudos Gerais

Não me consigo decidir. Se calhar devia fazer uma lista de prós e contras.

Estou feliz e não sei porquê.
Mas talvez não totalmente feliz. Para estar completamente feliz falta uma coisa; gostava que também te sentisses assim. Mereces tudo de bom, mereces estar feliz todos os segundos da tua vida. Nunca vou perceber porque é que as melhores pessoas são sempre as que sofrem mais. Tu não mereces isso, espero que o saibas. Quero ajudar-te mas talvez a melhor ajuda que te possa dar seja deixar-te em paz. Por isso, se é disso que depende o teu bem-estar, eu faço-o. Só quero que saibas que vou estar sempre aqui para ti - é um cliché, eu sei, mas é verdade. Vais ser sempre especial para mim. Boa sorte
Hoje a minha mãe descobriu que não tenho amigos e, para variar, reagiu de maneira agressiva.
"É importante teres amigos!". Obrigado mãe, sempre tive a ideia contrária, abriste-me os olhos.
Sonhei que estavas nos meus braços
que escondias a cara no meu peito
estavas triste e disseste que me querias ver
abraçaste-me com força, como se para eu não fugir

tinhas todos os teus amigos para ver
mas escolheste-me a mim, não sei porquê
vieste ter comigo e comigo ficaste
abriste os olhos e de lá saíram famílias de lágrimas

não me disseste o que tinha acontecido
mas nada precisavas de dizer, já tinha percebido
no meu pescoço ficaste a quebrar-te
por dentro e por fora, não te querias ir embora

perguntaste-me se podias ficar comigo
podes, podes sempre, fica
abraçaste-me com ainda mais força
e assim ficámos durante muito tempo

Então acordei
e nada tinha mudado
e o meu coração continuava sangrado

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Não tenho tido notícias tuas mas espero que esteja tudo bem. Sei que odeias ser chateada mas é mais forte que eu. Não que eu seja uma pessoa mega forte e massuda, mas percebes.
Posso voltar a Novembro? Quando não te conhecia e não tinha esta dor no peito.

...

Digo-o mas não o quero. És a melhor coisa que já me aconteceu. Foram os melhores quatro meses que já tive e queria vivê-los outra vez. E mesmo que agora se siga um ano de tristeza, eu não me importo. Só tenho saudades tuas. Tantas. Tu não tens minhas, mas eu amo-nos pelos dois...
Foste o melhor sonho que já tive. Não quero que te tornes no pesadelo.
Ainda queres ir ao Nepal comigo?

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Devo desapaixonar-me por ti?...

Júpiter

Vou falar sobre o meu planeta preferido. Júpiter. E perguntam vocês - quer dizer, só uma pessoa lê isto - , como é que tens um planeta preferido? Ora bem.
Júpiter é o quinto planeta a contar do Sol e o maior do nosso Sistema Solar. A sua massa é 2,5 vezes maior que a de todos os outros planetas no Sistema Solar, combinados. A sua atmosfera tem mais de 5000 km de altitude.
Uma parte particularmente interessante deste planeta é o Great Red Spot, uma tempestade que é maior que o nosso planeta, que pensa-se que seja algo permanente em Júpiter.
Tem 67 luas - conhecidas - e as maiores são Io, Ganimedes, Europa e Calisto. Supõe-se que existe um oceano em estado líquido e coberto por gelo, na Europa.
É um planeta incrivelmente importante no nosso sistema, já que o seu campo gravitacional é tão denso que "absorve" a maior parte dos cometas.
Tem uma magnitude aparente suficiente para que seja o terceiro objecto mais luminoso no céu nocturno (depois da Lua e Vénus).


Que majestoso. Tem uma mistela de cores incrível.
Ah, e na mitologia romana, Júpiter era deus do céu e do trovão. Que badass.

desabafos

Futebol é tão merda. Aliás, não, futebol não é merda. Os fanáticos dos clubes é que são. Como é possível matarem-se por causa dum jogo?
O "melhor" mesmo são aquelas pessoas anti-clube. Por exemplo, anti-Benfica. O que o Benfica fez a estas pessoas transcende-me por completo, mas afecta-lhes imenso a vida, pelos vistos. Andam à porrada porque um árbitro se enganou, em determinado minuto do jogo. Foda-se. Milhões de anos de evolução para isto.
Pessoalmente, é-me igual que seja o Sporting ou o Belenenses a ganhar o campeonato. É uma coisa tão indiferente. Só gosto de ver jogos em que os jogadores joguem realmente bem, e onde hajam jogadas de jeito. É pena que tenha deixado de ligar a futebol quando o Guardiola saiu do Barcelona. De certeza que ainda existem boas equipas por aí, mas não é a mesma coisa.
Às vezes imagino um mundo sem extremistas. E como é bom.
És o meu penso e a minha ferida.
És a lua,
Uma parte de ti está sempre escondida.
És o sol, 
Uma parte de ti constantemente brilha.
És o céu,
Uma parte de ti é tão infinita.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Passeia comigo ao luar.
As estrelas brilham para ti, sabias?
Vê como são cintilantes, lá longe...
Um dia levo-te ao lado de lá.
Ainda queres ter uma estrela com o teu nome?
Já és ofuscante e reluzente, sozinha...
Vamos ver o amanhecer.
Olha como é bonito visto daqui, não achas?
Que luzes harmoniosas e melodiosas, como as tuas cores...
Escrevo-te todos os dias. Lês-me?
Os meus demónios silenciam-se quando falas,
Ficam presos nas tuas teias vocais, cegas como balas,
Calam-se e dormem na tua doce, doce presença,
Sonham com o dia em que não verão nenhuma sentença...

Afogo-me nos teus olhos radiantes de luz,
Sigo o teu rasto esguio e infinito; é ele que me conduz,
Dou-te a mão mas já não estás comigo,
Vejo deus a meu lado mas nem lhe ligo...



Quando achares que és inútil, fraca ou feia, quando estiveres mal e pensares que ninguém se importa contigo, lembra-te que todas as estrelas são um sol para alguém...
Ainda és o ponto alto da minha semana

terça-feira, 14 de maio de 2013

Que saudades de te beijar e de te sentir comigo. De te dar a mão e te dizer coisas sem sentido. Gosto tanto mas tanto de ti, é difícil não to dizer quando estou contigo. Queria poder puxar-te para mim e abraçar-te...
Passeia comigo pelos jardins da minha mente
Vou mostrar-te onde me apareceste e onde ficaste
Onde compus as músicas e os poemas que adoraste
Onde te guardo nos sítios mais profundamente quentes

Olha, ali, onde te vi pela primeira vez
Subias as escadas à minha procura, três a três
Sorriste para mim e as nossas almas abraçaram-se...
A flutuar no meu pensamento estava uma borboleta
De cores ásperas e textura violeta

Ali estás tu, observas o gigante aquário
Lembras-me o ser vivo mais bonito e lendário
Olhas para mim e sorris com o teu jeito único...
E eu, abafado pelo meu nervosismo tão disforme,
Paraliso e quebro-me, por isso, meu amor, dorme

Agora dás-me a mão e sinto-te comigo
Sorris como antes sorrias; não me vejas como inimigo
O teu sorriso é o mais belo poema alguma vez escrito...
Encosta-te a mim e conta-me o que te vai na cabeça
O teu amor é o meu balão de ar quente; não quero que desça

Ia dar-te tudo o que comigo trazia
Mas adormeceste no meu ombro enquanto eu te dizia:
Amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te, amo-te...
E foi aí que sonhei com o teu sorriso, outra vez...

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Lembras-te daquele pilar, perto do oceanário, que tinha uma frase romântica? Não me lembro da frase ao certo, mas a minha memória trouxe-me esse momento à superfície, ainda acho tão engraçado
Enches-me o coração de esperanças
Mas fechas a porta a seguir
Cobres-me o corpo de memórias
É um fenómeno que não consigo fugir

Dizes-me palavras bonitas
Com entoações erradamente perdidas
Agarras-te a mágoas antigas
Que exprimem sensações benignas

Abraça-me onde a dor me corrói
Onde o futuro entra e o presente dói
Canta-me ao ouvido com a tua voz quente
E no final talvez ganhe forças e tente...


Quero tanto, tanto, tanto, falar contigo. Mesmo que sobre nada. Podemos falar das plantações de batatas que existem por todo o planeta, podemos falar sobre os teus livros favoritos ou o que fizeste hoje, podemos falar sobre formigas e como elas influenciam a sociedade actual. Podemos falar sobre ti. Ou talvez nem falemos sobre nada disso. Talvez nem falemos.
Acordar e ver o teu rosto é a melhor sensação de sempre. Os teus cabelos dourados a taparem os teus lábios e o teu sorriso envergonhado... É perfeição

domingo, 12 de maio de 2013

Um amo-te por cada dia que te amo

Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te Amo-te

2013 teve 131 dias até hoje. Acho que já te amava uns dias antes de 2013, mas como não sabia o número ao certo, pus só os dias deste ano.

Amo-te

Este é pelo dia de hoje. 132.
Pensei que ela pudesse substituir o vazio, mas ainda sonho contigo. Amo-te

quarta-feira, 8 de maio de 2013


            Andei e andei. Sem destino programado, caminhei até não sentir os pés. Então, sentei-me debaixo de uma árvore e apoiei a mochila, que levava às costas, no seu tronco. Estava tão cansado; nem tinha as forças suficientes para tirar a mochila e me pôr mais confortável. Apaguei-me passados uns instantes.
Quando acordei já o sol raiava no meu local de repouso, já os pássaros entoavam completas sinfonias, enquanto os rios emanavam harmonias. Fechei os olhos e inspirei o ar mais puro que alguma vez experimentara. Teria Louis Armstrong arranjado inspiração para o seu clássico desta maneira? Acordou num ambiente tão belo e a inspiração fluiu-lhe naturalmente pelas veias?
E se eu não te voltar a ver, amor
Tudo em mim desaparece excepto a dor
Pois entre batalhas perdidas e corações depressivos
És o favorito de todos os meus esconderijos
És tão única que nem dás por isso. Podia dar a volta ao mundo três vezes, não ia encontrar alguém como tu. Cada palavra tua, cada sorriso, cada passo. Não consigo descrever-te a ti nem o que me significas, é transcendente a palavras; talvez só o silêncio o saiba. És o céu estrelado na cidade abafada por luzes artificiais, és o oceano em tempos de seca, és o vento que me sussurra ao ouvido o teu nome, és o fogo ardente num dos pólos do planeta. Especial não chega para te descrever.
Às vezes ainda te sinto comigo. Consigo ouvir a tua voz ao longe, sinto os teus cabelos e ainda tenho o teu cheiro entranhado no mais profundo do meu ser. Ainda. É a melhor palavra para mim quando penso em ti. Ainda. Ainda penso em ti e ainda sonho contigo.
O teu nome tem quatro sílabas e eu estou apaixonado por cada uma delas. Cada par de letras teu é o meu adágio; o teu nome é a minha sinfonia favorita.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Um poema para ti

Procurei por ti pelas ruas da cidade
Sem rasto algum,
Só saudade

Procurei por ti no teu colar
Sem sentido algum,
Só o olhar

Procurei por ti naquela fotografia
Sem resultado algum,
Só teimosia

Procurei por ti quando não querias ser procurada
Com saudade, olhar e teimosia
Encontrei-te sentada à entrada

Procurei por ti mesmo quando estavas à minha frente
Não estavas cá, estavas indiferente
Perguntei por ti mas já não estavas presente
Fechaste os olhos e num momento já estavas ausente


Dou por mim a sentir a tua falta
Da mesma maneira que as flores sentem a água

Dizer-te que és especial
É igual a dizer que o oceano é azul
É azul mas isso não basta para o definir
É um milhão de coisas e um milhão de ideias
Tu és tudo isso sem o perceberes e sem o tentares
Então escrevo um poema em escada e que não rima
Para tentar fazer com que percebas que és mais do que pensas
Que és mais do que imaginas e que és mais do que te vês quando te olhas

sábado, 4 de maio de 2013

Não desistas de mim
Nunca disse isto antes mas acho que me odeio. Talvez não tudo em mim, mas grande parte. Porque é que não posso ser uma pessoa normal, com gostos normais, com opiniões normais, com sonhos normais? Eu não quero ser a pessoa que sou. Ninguém me atura, o que é compreensível, eu também não me aturaria. Não digo nada de jeito, ninguém pensa da mesma maneira que eu, vivo aterrorizado e não sei bem do quê. Gostava de ter mais coragem. Se tivesse já não estava cá para escrever isso. E penso nisso a toda a hora. Não tenho nada que me prenda. As cordas partiram-se todas. Só tenho alguns fios que agarro com toda a força que tenho, mas é um esforço inútil. A minha vida contrasta completamente com a minha mente. A minha vida é tão vazia... E a minha mente não. Estou a ponto de desistir. Mas digo isto todos os dias. O pensamento enche-me a cabeça a toda a hora. Estou tão farto de mim

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Porque é que não consigo ser sincero com ninguém? Nunca chorei com alguém, não sei desabafar e escondo-me de todos os meus medos. O único sinal de vida que tenho é quando o meu próprio coração me diz para não ser tão depressivo. Sinto que ninguém me conhece nem ninguém me vê como eu sou por dentro. Nem eu me conheço. E é tão triste.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Que ingénuo achar que o dia não ia chegar
Que os teus olhos jamais se perderiam do meu olhar
Que saudades de ti e de nós
De falar contigo sobre nada e de andar sem destino
Mas largaste-me a mão num sopro tão repentino
Que já não sei se este é o meu coração ou é clandestino

És o labirinto mais complicado alguma vez feito
Mil caminhos e nenhum deles é direito
Olha-te com os meus olhos e vê-te como eu te vejo
Desliga os pensamentos e rouba-me um beijo
Tantos amores estão por descobrir nas ruas incertas do amanhã
Mas nas ruas de hoje só o teu nome ecoa
Procuro por ti na calçada e nas lojas
A única coisa que encontro é a minha memória de ti
A possibilidade de mergulhares nos meus braços apaga-se

Não há outro amor como o teu, impossível duplicar
Lembro-me de ti mas não contemplo, dói ao olhar

Acho que me apaixonei por ti
Mais ninguém se importava mas tu gostavas de mim
Flores nasceram nas partes mais negras da minha terra
Rios cruzaram-se nas partes mais secas da minha serra
Houve danças no paraíso e risos do narciso
Apaixonei-me por ti e pelo teu cheiro
Pelo teu olhar e pela tua aversão ao dinheiro
Os teus cabelos iluminavam-te as faces
Tão livres como mil aves


Parte I

Não há fronteira entre o meu amor e ódio por mim
Já não distingo os dois poços nem as duas torres
Não sei reagir quando ambos se cruzam
O amor e o ódio não são iguais, nem o jasmim e o carmim
Os jasmim por si só não se enraízam
Nem ele nem o carmim partilham os mesmos sabores


Às vezes o coração teima em bater, outras prefere estar em paz
Ontem o palpitar pareceu-me vazio mas amanhã será uma nota musical
É tão belo amar quando não estamos prepotentes
Quando o espírito animal se une à voz angelical

Escondo-me de ti e da tua graça
Consigo ouvir os meus poros e o seu crepitar
Infecta-me com o teu palpitar  
Quando te decides a vir à minha vidraça?
Perturba-me a existência
Rouba-me da tua ausência

Escondo-me de todos mas não de ti
Viver na realidade não era o destino planeado para mim