terça-feira, 4 de junho de 2013

Nós não temos rigorosamente nada a ver. Demorei meses a descobrir isto.
Nem em música, nem em filmes, nem em livros, nem em arte em geral, nem em personalidade, nem em nada.
Completa cegueira.

Então porque é que me apaixonei por ti? Porque é que continuo a importar-me contigo, porque é que o teu bem-estar me é importante? Porque é que ainda tenho todas as palavras bonitas que me disseste, cravadas no cérebro?
Foda-se.
Eu nunca te fiz nada de mal.
Juro que não percebo.
Sempre te tratei o melhor que consegui. Sim, não tenho músculos ou barba ou nada dessas merdas que as raparigas acham atraentes nos rapazes, não me podia estar mais a cagar para desporto ou para cenas da moda; mas sempre te tratei bem. Não conta para nada?

Espero que na próxima vida seja social, que vá a discotecas, que tenha montes de amigos, que odeie ler, que só oiça música que esteja na moda, espero ser tão vazio como agora estou cheio de mim mesmo.

Fechaste a porta mas ainda te oiço os passos.
Escrevo para nada. Para variar.
Eu nem sei porque é que ainda me importo contigo.

Vou esquecer-te e espero apagar-te da minha cabeça de vez. Sabes aquilo que me disseste sobre aquele gajo que gostas? Sim, agora percebo, quem me dera que também nunca tivesses entrado na minha vida.
Se era para saíres desta maneira, sim, preferia nunca ter-te conhecido. Não tens noção de como dói.

É a última merda que escrevo aqui.
"Sê feliz sem mim", disseste-me tu.

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